Direto de Ouro Preto, Grupo de Teatro Residência encanta o público no Crepúsculo

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O Crepúsculo – Centro de Desenvolvimento Humano realizou a edição 2017-2018 do Projeto Manutenção Crepúsculo Cia de Dança. Dentro do projeto foram recebidos cinco grupos de teatros com sede em cidades distintas de Minas Gerais.

No dia 16 de fevereiro de 2018 apresentou–se na sede do Crepúsculo o Grupo de Teatro Residência de Ouro Preto, com o espetáculo Amores e Dores no País das Flores.

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O Grupo Residência é uma das mais representativas células produtoras de teatro do novíssimo movimento de produção de artes cênicas e visuais da cidade de Ouro Preto, impulsionado principalmente pelo advento dos cursos superiores de teatro e música da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Criado em 2001, o Grupo Residência acredita que fazer arte contemporânea em Ouro Preto, cidade símbolo da memória nacional, é uma forma de alimentar-se do potencial advindo do passado e convertê-lo em propulsão para projetos que apontem para o futuro, acreditando que o choque entre o velho e o novo valoriza ambos.

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Pela manhã os atores do Grupo Residência participaram de uma vivência com os integrantes da Crepúsculo Cia de Dança. Durante uma hora de oficina houve uma troca de sentimentos, técnicas e valores humanos entre os componentes dos dois grupos, onde puderam se conhecer e se aproximar de uma forma lúdica, mágica e espontânea. Uma experiência muito rica que mexeu com todos os participantes.

O ator Juliano Mendes, um dos fundadores do Grupo Residência, ao final do espetáculo disse bem emocionado: “convidado para integrar um programa próprio da Crepúsculo Cia Dança, o Grupo Resid(ê)ncia foi surpreendido, no dia 16 de fevereiro, com uma experiência profundamente humana, compartilhando o fazer artístico com pessoas que, experimentando diferentes limitações motoras e cognitivas, desenvolvem, através da arte, mecanismos pessoais e aprofundados de comunicação e expressão. Na oportunidade, o que nos uniu, atores do Grupo Resid(ê)ncia e bailarinos da Cia. Crepúsculo, não foi nossa diferença, como é comum na sociedade em geral, mas nossa semelhança. Respiramos, dançamos, criamos juntos. Viramos um corpo só. E se, num primeiro momento, fomos afetados pela emoção, o que poderia turvar as relações criativas, rapidamente fomos tomados pela experiência mais objetiva, simples: éramos todos artistas improvisando sobre as sugestões dadas. Repito: não havia diferença. A arte nos aproxima. Nos liberta. E ponto.

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À tarde, a partir das 15 horas, o espetáculo foi apresentado para um público composto por integrantes dos Cras (Centro de Referência e Assistência Social) do Vista Alegre e do Morro das Pedras e os participantes e funcionários do Crepúsculo.

Os participantes assistiram uma trama composta por cinco atores, Dalila Xavier (Hérmia), Francisco Minervino (Joaquim José), Haylla Rissi (Tiadorim), Julliano Mendes (Juvenal) e Thiago Meira (Décio e Hortelino), que se revezavam no palco interpretando seis personagens: Hortelino ama Tiadorim, a filha do prefeito, que ama Romeu que também é amado por Hérmia, que é amada por Juvenal, que é cúmplice dos planos de Décio para roubar a fortuna de seu patrão, Joaquim José da Silva Xavier, que ama seu dinheiro, que misteriosamente sumiu.

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Uma boa atração para a volta do pós carnaval, pois possui um enredo baseado no humor, alegria, amor, sensibilidade e vários sentimentos que permeiam a vida dos humanos em geral.

Por Elmo Gomes