No último mês, o Grupo de Teatro Olho Nu estreou o espetáculo “Parada do Trem”. Com os recursos do Premio Myriam Muniz da Funarte, o espetáculo foi apresentado pela primeira vez na Estação Ferroviária de Congonhas do Campo (MG), que está completando cem anos.
A partir de uma longa pesquisa realizada nas cinquenta estações ferroviárias compreendidas no trecho do antigo “Trem do Sertão, o grupo reuniu histórias, relatos, imagens, sons, objetos e inspiração para a montagem do espetáculo.
“Nos primeiros dias desse ano, partimos, elenco e direção, em um carro rumo a Montes Claros, ponto de partida de nossa pesquisa. Seguimos, durante diversos dias, passando por todas as antigas estações e paradas de trem das cidades atendidas pela extinta Rede Ferroviária Federal, antiga Central do Brasil, existentes no trecho Belo Horizonte a Montes Claros. Decididos a lançar mão da mímeses corpórea como uma das ferramentas de construção de nossos personagens, priorizamos o encontro com pessoas. E encontramos muitas”, afirma Geraldo Otaviano, Diretor do espetáculo. “Onde existir uma linha de trem, ainda que em ruínas, e um amante/poeta que fale dela, até lá vai nossa ferrovia”, finaliza.
O espetáculo “Parada do Trem”, que tem no elenco Cláudio Márcio, da Associação Crepúsculo, será apresentado em Belo Horizonte, de 18 a 27 de julho, na Funarte – Rua Januária, 68 – Centro . Entrada gratuita.